Técnicos da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF) do Litoral Sul, participaram de uma capacitação em Boas Práticas na Cultura da Bananeira. A iniciativa foi realizada em duas etapas. Na terça-feira (06), a parte teórica aconteceu na Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), no município de Itabuna, e na quarta-feira (07), a prática, no Centro Mars de Ciências do Cacau, em Barro Preto.

O curso é uma articulação da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), ministrado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e conta com a parceria da Bahiater e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). 

Na programação, foram abordados temas como o Melhoramento Genético da Bananeira, Solos e Nutrição, Viroses e Mal de Sigatoka, Insetos-pragas da Bananeira e o Plano de Contingência da Sigatoka-negra na Bahia/ Sistema de Mitigação de Risco. 

Durante a aula prática, os instrutores demonstraram técnicas de controle da broca da bananeira, identificação de sintomas de deficiência nutricional, cultivares resistentes e diferenciação da Sigatoka-negra para a amarela, que já ocorre na região. 

Para Catarina Sobrinho, Fiscal Estadual Agropecuária da Adab "o curso atingiu o seu objetivo ao demonstrar para os técnicos que a cultura da bananeira tem grande potencial na região como geradora de renda. Em 2015, o negócio da banana movimentou R$ 2,2 bilhões na Bahia", pontuou. 

De acordo com o coordenador da Bahiater, no SETAF Litoral Sul, Marcos Souza, “tanto como cultura principal, quanto para o sombreamento do cacau, é preciso um olhar diferenciado com a chegada da Sigatoka-negra no estado, para que se inicie o plantio por parte dos produtores de cultivares resistentes a esta praga devastadora, principalmente no plantio da agricultura familiar, além dos cuidados no trânsito de frutos de banana e de helicônias – também conhecida como bananeira ornamental”.